São Paulo, domingo, 12 de novembro de 1995
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Curto prazo em alta, mas por pouco tempo

DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

A lucratividade média dos FIFs (Fundos de Investimento Financeiro) de 30 dias e dos de curto prazo (diários) em outubro ficou acima das previsões iniciais, que apontavam ganhos ao redor de 45% e de 85% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), respectivamente.
Segundo avaliação das próprias instituições financeiras, o FIF de curto prazo rendeu, em média, 1,75% (ou 57% do CDI) e o FIF de 30 dias, 2,79% (ou 91% do CDI).
Alguns fundos, contudo, superaram as expectativas, proporcionando aos seus cotistas um rendimento bem acima da média do mercado: ao redor de 1,95% (64% do CDI) no curto prazo e cerca de 2,89% (95% do CDI) no FIF-30.
Mas é cedo para comemorar. A não ser os fundos que aplicam parte dos recursos no mercado de derivativos e conseguem, com isso, incrementar os ganhos, aqueles com perfil de renda fixo puro devem apresentar taxas mais modestas daqui para frente, avaliam os administradores.
As carteiras que se destacaram foram justamente aquelas que deixaram para recolher o compulsório de 5% dos FIFs de 30 dias e de 40% dos FIFs de curto prazo somente a partir da segunda quinzena do mês passado.
Levaram vantagem em relação aos que decidiram provisionar o recolhimento diariamente.
Como outubro foi o primeiro mês de existência efetiva dos novos fundos, houve um período de duas semanas entre o início da captação e o recolhimento do compulsório.
Quem provisionou o dinheiro -ou seja, ao longo daquelas duas semanas guardou o valor correspondente ao recolhimento futuro- ficou com menos patrimônio livre para aplicar e, consequentemente, rendeu menos.
Quem deixou para recolher tudo de uma só vez ficou com mais dinheiro na carteira para girar no mercado e o ganho em outubro acabou sendo maior.

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