São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 1995 |
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Shoppings vão ter fumódromos; fiscalização começa em janeiro
ANTONIO ROCHA FILHO
As decisões foram tomadas ontem em reunião entre o secretário municipal do Planejamento, Roberto Paulo Richter, e representantes de 11 shoppings, da Federação do Comércio e da Associação Brasileira de Shopping Centers. Segundo Richter, os fumódromos deverão ser hermeticamente isolados das demais áreas. O início da fiscalização antifumo em shoppings, que estava previsto para o começo de dezembro, foi adiado para janeiro para atender uma reivindicação dos representantes dos shoppings. Eles argumentaram que seria mais difícil iniciar a aplicação da lei que proíbe o fumo no final do ano, época de grande movimento de clientes devido ao Natal. Para multar quem fumar em shoppings, a prefeitura vai se basear na lei municipal 9.120, de 1980, que proíbe o fumo em estabelecimentos comerciais fechados. O valor da multa é de 10 UFMs (Unidades Fiscais do Município) -R$ 381,80 em novembro. Os estabelecimentos levarão uma multa para cada cliente pego. A maioria dos shoppings já iniciou campanhas de esclarecimento, que consistem na divulgação de mensagens pelo sistema de som e colocação de cartazes nas lojas. As campanhas vão continuar. Para Francisco Botti, 55, diretor da Plaza Paulista, que administra os shoppings Paulista, West Plaza e Plaza Sul, os shoppings vão colaborar com a legislação, mas não têm "poder de polícia para impedir um cliente de fumar". Segundo ele, os seguranças vão ser orientados a encaminhar os fumantes para os fumódromos. "Mas se alguém insistir em fumar e for pego fumando, nós também seremos multados. Em época de Natal, passam 150 mil pessoas por dia pelo West Plaza. Não dá para fiscalizar todo mundo", disse. Romeu Chap Chap, vice-presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers, disse temer os efeitos das multas sobre os shoppings. "Se em um único dia os fiscais flagrarem 500 fumantes em um shopping, as multas vão chegar a quase R$ 200 mil. Como fazer para pagar?" Wilson Spinelli, 48, diretor do Grupo Multiplan, que administra o shopping Morumbi, os estabelecimentos vão ter de estudar de onde virão os recursos para pagar as possíveis multas. Texto Anterior: Ambulâncias funcionarão como postos volantes Próximo Texto: Pedágios do Estado serão eletrônicos a partir de 96 Índice |
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