São Paulo, sábado, 18 de novembro de 1995
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Magalhães nunca ocupou cargo público

DO BANCO DE DADOS

O banqueiro Marcos de Magalhães Pinto, 60, assumiu a presidência do Banco Nacional no final da década de 70, quando seu pai, o político e também banqueiro José de Magalhães Pinto, se afastou do cargo.
Ao contrário do pai, Marcos nunca ocupou cargos públicos. Magalhães Pinto foi deputado pela UDN (União Democrática Nacional), em 1945.
O pai de Marcos foi ainda eleito governador de Minas Gerais, em 1960, tendo derrotado Tancredo Neves. Em 1966, Magalhães Pinto foi deputado pela Arena e, no ano seguinte, assumiu o Ministério das Relações Exteriores. Foi eleito senador em 1970.
A família Magalhães Pinto mantém um estreito laço de amizade com o atual presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.
A irmã de Marcos, Ana Lúcia Magalhães Pinto, é casada com o filho de Fernando Henrique Cardoso, Paulo Henrique.
Em 1993, o então ministro Fernando Henrique Cardoso passou o Reveillon no apartamento do ex-senador, na cidade do Rio de Janeiro.
Marcos tinha entre o círculo de amizades o piloto Ayrton Senna. O banqueiro cuidava pessoalmente da participação do piloto nos comerciais do banco, como garoto-propaganda.
Marcos mantém ainda boas relações com Pedro Moreira Salles, do Unibanco. Os dois estiveram juntos em Angra dos Reis, em junho deste ano, com o presidente mundial do Club Mediterranée, Serge Trigano.
O primogênito da família Magalhães Pinto foi o responsável por grandes reformulações no Banco Nacional.
Em 1988, com a queda do lucro líquido do banco, Marcos contratou uma equipe de empresários para reestruturar o Nacional.
Ele foi responsável pelas primeiras negociações entre o Nacional e o Unibanco. Coube a Marcos, há cerca de seis meses, a iniciativa de propor aos principais dirigentes do Unibanco a associação entre os dois bancos.
A sede do Banco Nacional fica no Rio de Janeiro, onde, há mais de 20 anos, Marcos almoça todos os dias em companhia de seus irmãos, Eduardo e Fernando Magalhães Pinto.

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