São Paulo, sábado, 18 de novembro de 1995
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Concorrência no ar

Impulsionado pela perspectiva da entrada de novas empresas no mercado, o plano da Telesp para ampliar mais rapidamente a oferta de linhas de telefones celulares mostra de maneira exemplar os benefícios da concorrência. O caráter "emergencial" dessa iniciativa revela, ademais, quão pouco atenta às necessidades da população estava a estatal de telecomunicações.
A sistemática falta de linhas pelo visto não era considerada como um problema maior enquanto os usuários tinham o serviço da Telesp como única alternativa. Grave mesmo, para a empresa estatal, parece ter sido a possibilidade de perder parte relevante de seu mercado cativo. O monopólio escorava a burocracia e o descaso para com as graves deficiências do sistema de comunicações no Estado.
A qualidade da infra-estrutura sempre foi elemento determinante no desenvolvimento das nações. Nas economias contemporâneas, as telecomunicações adquiriram especial importância, pois de mero acessório na tomada de decisões, a informação tornou-se um insumo diretamente utilizado na produção de bens e serviços.
É bastante animadora, portanto, a perspectiva de que a carência de linhas telefônicas comece a ser reduzida. Mas não deixa de ser lamentável que durante os últimos anos -ou décadas- a Telesp não tenha dado mostras desse dinamismo que agora anuncia.

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