São Paulo, domingo, 19 de novembro de 1995
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100 pecados de verão

17) tomar banho de desodorante
Com o calor e a umidade do ambiente e do suor, os desodorantes podem causar irritações na pele, que fica especialmente sensível. Os piores são os produtos em spray e os antiperspirantes. A alternativa é fazer uso de soluções brandas, especialmente a água boricada ou o chá preto gelado (substância adstringente e que, portanto, reduz a sudorese).

18) mergulhar no perfume
É proibido perfumar-se para ir à praia ou à piscina. As consequências podem ser irritações e manchas na pele.

19) usar perfume muito doce
À noite, são permitidas colônias frutais-florais ou, no máximo, eau de toilette, que têm concentrações mais baixas de óleos essenciais. Os perfumes muito envolventes ficam ainda menos sutis no verão e aumentam o risco de dor de cabeça, tanto para você como para quem está do lado.

20) sentar direto na areia
O bicho geográfico e bactérias ambientais podem transformar o prazer de sentar na areia em uma bela dor de cabeça. As mulheres, principalmente, devem sempre sentar-se em uma toalha ou esteira, para evitar infecções urinárias e problemas genitais como a vaginite e a vulvite.

21) fazer a barba e ir para o sol
A pele do rosto vai ficar toda empipocada e ardida. É melhor barbear-se um dia antes da exposição.

22) olhar para o céu diretamente
Os raios ultravioleta emitidos pelo sol podem lesar a retina de quem fica muito exposto à claridade. Para amenizar os efeitos da radiação, procure usar óculos escuros com lentes que filtram o ultravioleta. O cuidado é ainda mais necessário para quem gosta de ler na praia. Como a luz direta do sol é muito forte, os óculos são indispensáveis.

23) levar o livro para passear
É quase certo: você vai ganhar de presente ou comprar um livro que será lançado em dezembro. É quase certo: você vai enchê-lo de areia e Sundown. Então, ao menos, leia-o.

24) usar lentes de contato na praia
Lentes de contato não vão à praia, muito menos ao mar. Microorganismos e fungos podem se instalar nas lentes e causar infecções. Além disso, você pode machucar os olhos. Se eles estiverem vermelhos, procure um oftalmologista antes do primeiro mergulho.

25) perder os novos sabores
Ficar no asfalto paulistano tem suas compensações, muitas delas concentradas na sorveteria Sottozero (r. Augusta, 2.935, Jardins, tel. (011) 64-3068). Lá, o chocolate não é só chocolate. É também baccio, gianduia, amaretto, ferrero rocher e nutella -cada um com o sabor da delícia que lhe dá nome. O creme pode ser baunilha, limão ou laranja. O mais exótico é o sorvete nuvola azul, que mistura creme, licor curaçau blue e menta. A sorveteria inteira (equipamentos, tecnologia) e as bases para a preparação de sorvetes cremosos são importadas da Itália.

26) comer massa muito pesada
Sob um calor infernal, não precisa deixar a massa italiana de lado. Os fanáticos podem optar por receitas leves, como o espaguete primavera, com molho frio de tomates frescos, manjericão e mussarela de búfala. Que merece ser saboreado no jardim da frente ou na varanda dos fundos do Giardino (av. Lavandisca, 437, Moema, tel. (011) 543-0918).

27) ficar trancado em restaurante
Quem é obrigado a passar calor na cidade procura lugares abertos e arejados. Em São Paulo, come-se bem e frescamente no Moinho Santo Antônio (r. Borges de Figueiredo, 510, Mooca, tel. (011) 291-2573). Formado por vários prédios, dá para se sentir em uma praça de cidade do interior. Tente também o Bar des Arts (r. Pedro Humberto, 9, Itaim, tels. 829-7828 e 829-2345), onde dá para comer ao ar livre, em mesas montadas no jardim que circunda a casa.

28) exagerar na frescura da casa
Um ar-condicionado precisa ser bem regulado para não afetar a saúde. A temperatura certa é 22° C. O aparelho é um mal necessário: ele resseca o ar, concentrando poeira e microorganismos. Por isso, a limpeza do ambiente deve ser impecável. A diminuição da umidade do ar pode fazer evaporar a lágrima, causando ardência nos olhos. Lembre de piscar várias vezes, usar colírio neutro e pingar soro nas narinas, para prevenir inflamações. As vítimas de asma, bronquite arlégica, enfisema pulmonar e sinusite devem evitar os ambientes refrigerados.

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