São Paulo, segunda-feira, 20 de novembro de 1995 |
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Discriminação é tema de debate
DA REPORTAGEM LOCAL A sociedade brasileira ainda não descobriu como superar a discriminação que os negros sofrem da polícia e nos tribunais. Esta foi uma das conclusões do debate "O negro e a Justiça", realizado durante o lançamento do livro "Racismo Cordial", da Folha e da editora Ática.O evento, parte das comemorações dos 300 anos da morte de Zumbi, líder do quilombo dos Palmares, ocorreu na quinta-feira passada, no auditório do jornal. Participaram do debate o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, o juiz da 1ª Vara do Júri de São Paulo José Rui Borges Pereira, o historiador Décio Freitas, o titular da Delegacia de Crimes Raciais de São Paulo, Márcio Campos Baldi, e o sociólogo Sérgio Adorno, vice-diretor do Núcleo de Estudos da Violência e professor da USP. Um contratempo impediu a participação de Zezito de Araújo, diretor do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Universidade Federal de Alagoas. O encontro foi mediado pelo jornalista Fernando Rodrigues, da Folha. "Apesar de não termos dados muito sólidos, temos verificado que a violência tem um alvo preferencial: cidadãos pobres e, boa parte das vezes, negros", afirmou Sérgio Adorno. Para Vicentinho, conhecendo o tratamento dispensado ao negro, "a gente não tem como dizer que a Justiça brasileira é isenta; ela talvez esteja sob efeito da injeção de preconceito". Texto Anterior: Brasília espera 20 mil em ato Próximo Texto: Encalhe de pele de jacaré no MT põe em risco cativeiros Índice |
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