São Paulo, segunda-feira, 20 de novembro de 1995 |
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Fusões na França seguem critério político
VINICIUS TORRES FREIRE
Nenhuma intervenção estatal pode ocorrer nas transações entre sociedades privadas. No entanto, como até o começo dos anos 90 a maioria dos grandes bancos franceses era de propriedade estatal, há forte intervenção política nas tentativas de grandes fusões. Em meados deste ano, uma tentativa de fusão entre a União de Seguradoras de Paris (a maior do país), a Companhia Financeira Suez e o Banco Nacional de Paris (BNP, o terceiro do ranking francês), de iniciativa deste último, foi "desaconselhada" pelo governo. Segundo o BNP, a operação visava criar um grande banco, capitalizado, capaz de concorrer com os grandes bancos mundiais. O governo disse publicamente que não podia se pronunciar nem intervir "em uma operação que diz respeito a grupos privados". O governo de Alain Juppé, no entanto, teria considerado que a formação deste conglomerado, o maior da França, "arranharia a imagem das privatizações, que pareceriam favorecer a criação de monopólios". As três empresas eram estatais até 1993. O governo considerou também que a fusão levaria a níveis ainda piores as cotações da Bolsa de Paris, o que prejudicaria o programa de privatizações franceses. Texto Anterior: Argentina registrou 32 fusões de bancos Próximo Texto: Banco Central bloqueia bens de 18 pessoas Índice |
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