São Paulo, segunda-feira, 20 de novembro de 1995
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Bomba mata 14 em prédio do Egito no Paquistão

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A explosão de um carro-bomba na Embaixada do Egito em Islamabad (capital do Paquistão) e deixou pelo menos 14 mortos e 60 feridos, entre eles diplomatas.
A explosão ocorreu na manhã de ontem (madrugada no Brasil). Dos mortos, cinco eram autoridades egípcias (dois diplomatas), oito eram paquistaneses (três guardas), e um era afegão.
A explosão da camionete causou um buraco de 6 m de largura na embaixada. Antes, uma granada foi atirada contra o portão do prédio, para abri-lo.
Estudantes egípcios da Universidade Islâmica Internacional foram detidos para investigação.
Três grupos islâmicos do Egito reivindicaram o atentado: o Gamaa al Islamiia (Grupo Islâmico), a Jihad (Guerra Santa) e o Grupo da Justiça Internacional.
O Gamaa al Islamiia, o maior do país, foi o primeiro a reivindicá-lo, com um telefonema a uma agência de notícias.
Mais de 880 pessoas já morreram no Egito desde 1992, quando o grupo lançou uma campanha uma campanha de violência para derrubar o presidente Hosni Mubarak do poder e instalar um Estado fundamentalista islâmico.
Em junho, o grupo tentou matar Mubarak quando ele fazia uma visita a Adis Abeba (Etiópia). Membros do Gamaa se estabeleceram no Paquistão no início dos anos 80 para lutar contra a ex-URSS, que havia invadido o Afeganistão.
Mais tarde, um representante da Jihad reivindicou o atentado. "Não foi o Gamaa que promoveu o atentado, eles estão mentindo."
A Jihad é conhecida por praticar atentados contra autoridades governamentais. Em 1981, membros do grupo assassinaram o presidente egípcio Anuar Sadat.
Acredita-se que os dois grupos colaboravam entre si no passado.
Mais tarde, o Grupo da Justiça Internacional assumiu o atentado por fax. A organização, antes desconhecida, reivindicou o assassinato de um diplomata egípcio na semana passada na Suíça.

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