São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 1995 |
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Para cá, para lá
NELSON DE SÁ
Agora ele quer saber "quem está por trás" das tais gravações. Por outro lado, ele não quer saber de CPI. Coisas estranhas, "uma história estranha", segundo Boris Casoy, do SBT. Por um lado, "o PFL inteiro aderiu à oposição", segundo a Cultura. Ou ainda, "PFL mostrou um ímpeto muito grande", segundo a Jovem Pan. - Pessoalmente, eu acredito ainda que o melhor caminho seria a CPI. Por outro lado, o líder do PMDB, o antes reticente Michel Temer, ontem cansou de dar declarações em favor do presidente: - Nós chegamos à conclusão de que devemos esperar a apuração a ser feita pelo Poder Executivo. Não há razão de instalar qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito. Por outro lado, também do PMDB, mas ligado ao agora calado José Sarney, o senador Gilberto Miranda "colocou em suspeita os procedimentos na contratação do projeto Sivam", segundo a Rede Brasil. Para o senador, que apresentou o seu parecer inesperadamente, "o projeto da Raytheon é ultrapassado, ineficaz e de alto custo". A reação do outro lado veio pelo porta-voz Sergio Amaral, dizendo que o presidente ficou "surpreso" com o parecer, pois "há pouco tempo o senador havia proposto ao governo que a Raytheon se encarregasse de todo o projeto". Em mais uma resposta, como sublinhou o SBT, Gilberto Miranda "desmentiu" Fernando Henrique: - Duas semanas atrás, eu disse para ele, "por que não se cancela a concorrência?" Uma história estranha. "Para cá, para lá", como já descrevia anteontem o presidente da República. Força policial Distantes de Brasília e do US$ 1,4 bilhão do projeto, os sem-terra iniciaram "caminhada de cem quilômetros", segundo a Globo, até Presidente Prudente, perto do Pontal. O prefeito já disse que "não permitirá a entrada e promete recorrer à força policial". A chegada é sexta-feira. Texto Anterior: Embaixador se defende e faz acusações à PF Próximo Texto: Documento revela contradição Índice |
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