São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 1995
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Concorrentes querem ampliar publicidade

SUZANA BARELLI

SUZANA BARELLI; MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A compra do Banco Nacional pelo Unibanco já está trazendo reflexos no meio publicitário.
Diversos bancos, junto com suas agências, avaliam que é preciso reposicionar verbas e campanhas para garantir a fidelidade dos clientes e lembrá-los que os bancos são instituições confiáveis.
"Os bancos devem reposicionar suas campanhas e o Itaú deverá anunciar mais", diz Roberto Duailibi, sócio da agência DPZ.
Duailibi conta que já conversou com seu cliente e que as campanhas devem enfatizar a eficiência do banco na mente do consumidor.
No Bradesco, a informação é que ainda é cedo para pensar em novas campanhas, feitas atualmente por três agências.
No mercado, há informação de aumento da verba da W/Brasil, atual dona da conta do Unibanco. Atualmente, o banco gasta US$ 15 milhões em publicidade.
Na Itapeva, agência que tem a conta do Real, a avaliação é que a atual campanha já mostra que o banco tem solidez e segurança.
"Vamos continuar apostando nas campanhas institucionais, mostrando a saúde financeira da instituição", diz João Carrascosa, diretor de criação. Para ele, se a linha dos filmes não enfatizasse esses aspectos, seria necessário nova campanha.
O Banco do Brasil descarta mudanças na linha publicitária e anúncios de oportunidade sobre o episódio do Unibanco.
São duas as razões: primeiro os contratos de US$ 75 milhões com as quatro agências publicitárias terminam em dezembro; segundo, com a crise do Econômico, houve migração de recursos para o BB, apesar de o banco não mudar sua política de comunicação.
Marcelo Collucci, da Collucci, agência do Bamerindus, afirma que a tendência de fusões terá reflexos no marketing dos bancos.
O Unibanco suspendeu ontem as campanhas feitas pelas agências que trabalham com o Nacional, mas afirmou que os contratos, por enquanto, continuam válidos.

Colaborou MILTON GAMEZ, da Reportagem Local.

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