São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1995
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Delegados rejeitam nome de fora

ABNOR GONDIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As entidades de agentes e delegados da Polícia Federal rejeitam a nomeação de um militar ou outro profissional fora do quadro do órgão para substituir Vicente Chelotti, 44.
Ameaçado de exoneração por causa da escuta no telefone do embaixador Júlio César Gomes dos Santos, ex-chefe do cerimonial da Presidência da República, Vicente Chelotti é o segundo delegado da própria Polícia Federal que ocupou a diretoria geral desde a criação do órgão há 28 anos. O outro foi Amaury Galdino, em 92 e 93.
No Ministério da Justiça, o secretário-executivo Milton Seligman acha que a sociedade pode participar do governo com profissionais que não pertençam ao quadro funcional.
Ele próprio afirma que pertence a uma organização não-governamental.
Associação
"Queremos é defender a instituição, pois já estamos cansados de militares ou oportunistas que se aproveitaram do órgão", disse o presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, Bolívar Steinmetz.
As críticas são contra o senador Romeu Tuma, delegado da Polícia Civil de São Paulo, que dirigiu a PF de 86 a 92, e o coronel Wilson Romão, ocupante do cargo de 93 a fevereiro deste ano.
"Uma polícia de credibilidade em nível nacional, como a PF, deve ser dirigida por funcionários integrantes da carreira policial federal", afirma o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal, José Fernando Azevedo.

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