São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1995 |
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"Presidente põe o pé na lama", brinca FHC
WILLIAM FRANÇA
Ao decidir enfrentar um trecho de terra molhada, FHC disse: "Presidente da República também põe o pé na lama". O presidente fez o comentário quando se encaminhava para cumprimentar moradores de uma vila que teve barracos derrubados para que fossem construídas uma rodovia e uma ponte. Ao lado do governador do Piauí, Francisco Moares Souza, o Mão Santa, FHC andou por duas vezes em trechos com lama para apertar a mão de mulheres e crianças. "Viva o presidente. Viva o governador", gritava Mão Santa, puxando aplausos para FHC e para ele mesmo. A rodovia cortou uma região de Teresina para facilitar o acesso de um bairro nobre -o Jóquei Clube- à região central da cidade. A ponte custou R$ 4,5 milhões e foi construída em 83 dias, mas a rodovia que lhe dá acesso apenas recebeu lama asfáltica. A visita de FHC ao Piauí, agendada há quase um mês, teve ares de campanha eleitoral. O Estado foi um dos poucos que não recebeu a visita do então candidato Fernando Henrique. No discurso após inaugurar a ponte, que foi feita com recursos da prefeitura e do Estado, FHC falou do Plano Real, da necessidade de dotar o Piauí de uma agricultura rentável, elogiou as belezas naturais do Estado e os piauienses. Para terminar, prometeu que iria construir um açude no Estado e que voltaria depois para inaugurá-lo. FHC -que não falou sobre política nacional- ignorou uma manifestação programada pelos sindicatos dos bancários e dos comerciários, que pediam uma CPI para o Sivam e criticavam as medidas de saneamento dos bancos. Texto Anterior: FHC diz que Graziano fica e é de confiança Próximo Texto: Graziano sai de comitiva Índice |
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