São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1995 |
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Graziano sai de comitiva
WILLIAM FRANÇA
Graziano entregaria títulos a 16 famílias do município de Água Branca e assinaria um convênio com entidades do Estado para assentar 550 famílias em três outras localidades e um protocolo para incentivar a agricultura familiar. Tudo foi suspenso. A Folha apurou que a determinação partiu do Palácio do Planalto, pois, segundo assessores de FHC, não havia clima político propício para os atos públicos. Graziano teria sido informado de sua exclusão da comitiva apenas ontem de manhã, quando foi aconselhado a permanecer em Brasília até que esclarecesse a sua participação do "grampo". FHC foi questionado insistentemente sobre a situação de Graziano no governo. Logo ao desembarcar em Teresina, às 10h20 (11h20, horário de Brasília), o presidente chegou a se irritar diante do assédio dos repórteres sobre o tema. "O Graziano está viajando e distribuindo terras em algum lugar do Brasil. Só isso", disse FHC. Praticamente no mesmo horário, em Brasília, o presidente do Incra distribuía uma nota em Brasília explicando sua participação no episódio. Nos discursos oficiais no Palácio de Karnak, sede do governo do Piauí, o único a se referir ao momento político foi o ministro Raimundo Brito (Minas e Energia). "Não há turbulências capazes de afetarem a imagem e o governo do grande presidente Fernando Henrique. Na democracia é assim: há uma minoria descontente, mas a maioria do Brasil está com vossa excelência." O porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, disse ontem que Francisco Graziano "não viajou ao Piauí com o presidente porque não havia uma função tão significativa nessa viagem" quanto a que ele desempenhou no Pará, que foi um ato para distribuição de terra. Texto Anterior: "Presidente põe o pé na lama", brinca FHC Próximo Texto: Cúpula tucana sai em defesa de Graziano Índice |
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