São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1995
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Krause e Bornhausen defendem projeto

SILVIA QUEVEDO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

O ministro do Meio Ambiente, Gustavo Krause (PFL), disse ontem em Florianópolis (SC) que "não há a menor possibilidade" de que a polêmica em torno do Sivam prejudique o andamento das reformas propostas pelo governo no Congresso.
"É preciso distinguir as coisas. Uma coisa é o sistema de proteção no seu mérito, outra a análise no Congresso."
Sobre o "grampo" no telefone do embaixador Júlio César Gomes dos Santos, Krause disse que "é preciso que cada um (dos envolvidos) assuma sua responsabilidade perante à nação".
Krause esteve em Florianópolis (SC) para abonar fichas de 20 novas filiações ao PFL.
Entre os novos filiados está o superintendente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas) no Estado, Vinícius Lummertz da Silva, cotado para disputar a prefeitura na próxima eleição.
Narcotráfico
Também presente ao ato, o presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, afirmou que "o maior inimigo do Sivam é o narcotráfico".
"Na medida em que ele estiver implantado, nós teremos condições de coibir o narcotráfico no Brasil", disse.
Bornhausen afirmou que os "inimigos" do Sivam são "invisíveis e não estão só localizados no Brasil".
Segundo ele, a não-implantação do projeto de vigilância da região amazônica beneficiaria o tráfico de drogas da Colômbia e Venezuela.
"É um assunto de muita seriedade, que precisa ser tratado como um problema de soberania nacional. Não há como manter a soberania , nem o processo de defesa ecológica, nem a segurança aérea, sem um projeto tipo o Sivam", afirmou o presidente do partido.
Bornhausen afirmou que o contrato com a empresa norte-americana Raytheon, escolhida para implantar o sistema, deve ser mantido.
Segundo ele, até agora não houve prova de tráfico de influência por parte do embaixador Júlio César Gomes dos Santos, ex-chefe do cerimonial da Presidência da República.
"O embaixador mandou que suas contas fossem abertas. Não se encontrando nada nas contas, os telefonemas não se consubstanciaram em tráfico de influência", disse.

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