São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1995 |
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Crimes assustam moradores dos Jardins
KENNEDY ALENCAR
Depois de amanhã, moradores da rua Haddock Lobo, entre as alamedas Tietê e Lorena, vão se reunir para acertar a compra de um carro, doá-lo à polícia e ter uma patrulha fixa no quarteirão. É a resposta a um crime que aconteceu na Haddock Lobo. Às 16h15 do último dia 12, domingo, o jornalista Glauco Antônio de Carvalho, 52, levou um tiro na cabeça após entregar seu relógio Omega a um ladrão. O jornalista mora na alameda Franca. Havia ido com a mulher ao bar Tatou, na Haddock Lobo com Oscar Freire. Glauco foi operado e se recupera em casa. Na madrugada do dia 20, segunda-feira, foi a vez de o gerente do bar e restaurante Balcão, Marcelo Lopes da Rocha, 32, receber uma bala no pescoço. O gerente fechava o bar e tentou evitar um assalto, gritando por socorro. Operado, está em recuperação. Os ladrões levaram R$ 1.000. O bar fica na rua Melo Alves. Erika Jorge Antunes, 31, gerente do Orlando's Cabeleireiros, situado na esquina onde Glauco foi roubado, diz que seus clientes estão com medo. "Todo mundo fala que não tem mais sossego." O gerente da pizzaria Margherita, José Daniel Dias, 50, conta que se assustou ao ouvir o tiro que atingiu Glauco. A pizzaria fica em frente ao Orlando's. Dias é um dos organizadores da reunião para comprar o carro para a polícia. "Decidimos fazer alguma coisa. Há um sentimento grande de insegurança na região." Quem trabalha e frequenta os bares e restaurantes do bairro reforça hábitos como tirar o relógio do pulso ao andar na rua e dirigir com os vidros do carros fechados. Alguns andam com seguranças. A maioria dos estabelecimentos comerciais também tem seguranças próprios. Cecília Daile, dona de uma loja de presentes na rua Melo Alves, diz que só trabalha com a porta fechada. "Faço uma triagem de quem entra para que o cliente possa se sentir seguro." Texto Anterior: Anúncio com pintura de nú é vetado em Cumbica Próximo Texto: Galisteu tira relógio para andar pelo bairro Índice |
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