São Paulo, domingo, 26 de novembro de 1995
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Disputa interna é abafada por Menem

Ministro ameniza tom de críticas

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

Depois de meses de intranquilidade, com a Bolsa de Valores despencando a cada boato da renúncia de Cavallo, uma trégua foi selada na Casa Rosada, a sede do governo argentino.
O presidente Carlos Menem colocou um basta nas disputas políticas internas e o ministro baixou o tom de suas críticas.
Cavallo chegara a apontar "máfias" nos Correios, em resposta às acusações de corrupção contra funcionários do Banco da Nação Argentina ligados a ele.
Nem mesmo o anúncio do governador da Província de Buenos Aires, Eduardo Duhalde, de que é candidato à Presidência em 1999 desviou as declarações do ministro da política econômica.
"Só me ocupo de temas econômicos. Ou seja, só sou candidato a ministro da Economia", disse à Folha , rindo.
Cavallo passou a afirmar reiteradamente não ser o autor do Plano de Conversibilidade, que implementou em abril de 1991. O "pai" do projeto seria Menem.
Nos últimos três meses, a pergunta mais frequente ao ministro era sobre sua permanência no governo. A resposta, muitas vezes, vinha em tom de irritação.
Se a união com Menem pode acabar, pelo menos se sabe que não convém um divórcio agora, quando a Argentina precisa de investimentos externos.
(DCM)

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