São Paulo, sexta-feira, 1 de dezembro de 1995
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Bamerindus fecha venda de seu lote na CSN

DA SUCURSAL DO RIO; DA REDAÇÃO

Grupo Vicunha, Bradesco e Previ devem pagar R$ 250 milhões para assumir as ações do banco na siderúrgica
O Bamerindus acertou ontem a venda da sua participação acionária de 9,1% no capital votante da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) para os grupos Vicunha (4%), Bradesco (2,6%) e Previ (2,5%). A informação foi dada por assessores do Vicunha.
O presidente do Banco Bamerindus, Maurício Schulman, negou, ontem, que tenha concluido o contrato de venda das ações da instituição financeira na CSN. Confirmou que há negociações com o grupo Vicunha, Bradesco e Previ, "o processo está mais combinado, mas nada foi pago ou assinado", disse.
Com o fechamento do negócio, o grupo Vicunha passa a ser o principal detentor de ações ordinárias (votantes) da CSN, com 13,2% do total, superando os empregados da CSN, que têm 10,5% e a Docenave, subsidiária da Companhia Vale do Rio Doce, que detém 9,4%.
A Previ, que é a caixa de previdência dos empregados do Banco do Brasil, aumenta sua participação no capital votante de 7,8% para 10,3% e deverá passar a ter lugar no conselho de administração.
Quando a CSN foi privatizada, em abril de 93, a Previ ficou de fora do grupo controlador, apesar de ter comprado uma parcela do capital da empresa.
Nas negociações para a compra da parte do Bamerindus, ela tinha como principal objetivo um assento no conselho.
Já o Bradesco, que tinha apenas ações preferenciais (sem direito a voto) da CSN, passa agora também a ter parte no controle.
O valor da negociação, iniciada há dois meses, não foi revelado até o começo da noite de ontem. Segundo a Folha apurou, a primeira proposta do Bamerindus foi de R$ 500 milhões.
Esta semana o valor teria chegado a R$ 300 milhões e o último número informado por uma das partes era de R$ 250 milhões.
Outro aspecto da negociação que não foi revelado foi o referente às condições de pagamento. Segundo a Folha apurou, o Bamerindus queria receber em 18 meses e os compradores 24 meses.
A CSN é a maior produtora de aço do Brasil, tendo alcançado no ano passado uma produção total de 4,6 milhões de toneladas. O faturamento previsto pela empresa para este ano é de R$ 2,3 bilhões.

Colaborou a Redação

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