São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995
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Decisão é recebida com irritação

RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A decisão de FHC de manter o projeto Sivam como está foi recebida com irritação no Senado. Os senadores afirmaram que poderá ser reforçada a corrente do Senado favorável à revisão do projeto.
"A palavra final continua com o Senado", afirmou o presidente da supercomissão do Senado, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). "Está tudo condicionado à aprovação do Senado", disse.
O líder do PMDB no Senado, Jáder Barbalho (PA), disse que a decisão do presidente foi de "natureza política" e mostra a disposição do Executivo em manter o contrato: "O PMDB apresentou ao presidente a sugestão de rever o projeto. Ele resolveu trilhar outro caminho, ouvindo conselhos melhores, e insiste no projeto como está. O PMDB vai dar uma resposta política a esta decisão", disse.
Na opinião do líder do PT no Senado, Eduardo Suplicy (SP), o Conselho de Defesa não poderia estar decidindo sobre algo que o Senado ainda está investigando. "Isto vai reforçar a disposição dos senadores de pedir que o Sivam recomece do zero", afirmou.
O relator da supercomissão, Ramez Tebet (PMDB-MS), disse que a decisão do CDN não esvazia as investigações que estão sendo feitas. "A supercomissão vai continuar o trabalho a fim de esclarecer definitivamente o caso. O Sivam não anda se o Senado não se manifestar", afirmou.
Cabe ao Senado aprovar ou não o pedido do governo de autorização para contrair empréstimo externo junto ao Eximbank norte-americano de U$ 1,4 bilhão.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que a decisão de FHC "foi sábia e prestigia o Senado".

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