São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995 |
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Polícia vai fazer blitz antifumo
DA REPORTAGEM LOCAL As blitze antifumo da prefeitura terão acompanhamento da Guarda Civil Metropolitana a partir de amanhã, para evitar que os fumantes fujam dos fiscais sem serem multados.Ontem, três fumantes escaparam da multa de R$ 387,40 imposta pela prefeitura ao se recusarem a apresentar documentos aos fiscais depois de flagrados fumando dentro do supermercado Extra na região do Paraíso (zona sul de São Paulo). O estabelecimento foi multado por permitir que as pessoas fumassem no local. Anteontem, um cliente do restaurante 'O Braseiro', no centro, também havia escapado da multa ao se recusar a fornecer seus documentos aos fiscais da prefeitura. Irritado com a desobediência dos fumantes ao decreto que proíbe o fumo em locais fechados, o chefe dos fiscais, Sérgio Petini, 38, solicitou o acompanhamento de um carro da Guarda Civil Metropolitana para continuar a blitz de ontem. "Sem ajuda policial não consigo multar ninguém. Não vou brigar com quem se recusa a entregar os documentos", disse Petini. Depois de esperar quase 40 minutos até a chegada de três guardas civis, a blitz continuou. Foram visitados outros três supermercados na zona sul, mas nenhum outro fumante foi encontrado. Apenas um dos fumantes flagrados no Extra concordou em fornecer o nome à reportagem da Folha. O técnico em eletrônica Reinaldo Neves, 54, disse que apóia a medida da prefeitura. "Estava passando em frente e entrei para ver uma oferta que estava na vitrine. Não ia ficar muito tempo", disse Neves. A direção do grupo Pão de Açúcar, responsável pelo supermercado, procurada pela Folha, afirmou que todas as suas lojas estão sinalizadas com placas proibindo o fumo e que os clientes são informados pelo sistema de som das lojas. As blitze antifumo em supermercados foram iniciadas na segunda-feira. O Extra foi o primeiro supermercado multado. O presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), Firmino Rodrigues Alves, 47, se disse surpreso ao saber que o Extra tinha sido multado. Segundo ele, a prefeitura está desrespeitando acordo feito na semana passada com a Apas. "Eles haviam combinado conosco que as multas só começariam a ser aplicadas a partir de segunda-feira e que nesta semana seria feito apenas um trabalho de conscientização", disse. Texto Anterior: Câmara aprova projeto para nova lei de drogas Próximo Texto: Ação é indevida, diz advogado Índice |
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