São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995 |
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Sarita Vitti não é drag
JACKSON ARAUJO
Sarita sonha com a maternidade e se veste com roupas unissex -camisão de tecido fluido e estampado com calça tipo pijama- para parecer "discreta". Não é política e só consegue ser cafona, com aquele cabelo longo e falso, que não é uma peruca. Também não realiza a figura da mulher como fazem os travestis. É um rapaz de voz grossa, sempre pronto pra agredir os homens que têm medo de se aproximar dela e sempre disposta a dar bons conselhos para suas vizinhas. Sarita Vitti é apenas um personagem híbrido. Não é homem, não é mulher, não é drag nem travesti. Depois do sucesso de Sandrinho, Sarita é a representação mais infeliz de um personagem gay que chega ao horário nobre. Texto Anterior: Drag queens invadem meio intelectual de NY Próximo Texto: Poemas de Gilberto Freyre saem em CD Índice |
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