São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995
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Rafting depende da habilidade do grupo

RODNEY SUGUITA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

"Frente, esquerda, forte, direita...". As direções gritadas pelo instrutor são uma das lembranças do que aconteceu num bote de borracha com sete pessoas descendo corredeiras.
O rafting começa na altura da cidade de Três Rios. O bote parte do trecho mineiro do rio Paraibuna e acaba quando ele se encontra com o Paraíba do Sul e Piabanha.
São 17 quilômetros percorridos em quatro horas e meia passando por vinte cachoeiras, embaixo de pontes de antigas ferrovias e margeando fazendas de gado.
Para entrar nos botes é preciso estar de colete salva-vidas, capacete e remo. A direção, a velocidade e a estabilidade depende de todos. O difícil é acompanhar as ordens do instrutor.
Os mais habilidosos conseguem fazer mais do que desviar das pedras e corredeiras, como praticar o surfe. O surfe é feito em trechos com ondas (formadas pelas cachoeiras). O bote pode ficar até cinco minutos parado, equilibrado pelo movimento da correnteza e o refluxo formado pelas ondas.
Para entrar no surfe (conseguir alcançar, contra a correnteza, uma cachoeira) é preciso remar muito. O surfe continua até uma pane de instrução ou até alguém cair do bote. Daí começa a operação resgate, quando os botes se unem para salvar a pessoa.
Outro modo de descer o rio é o agem, uma canoagem sem barco, apenas o corpo e a água. O agem é feito nos remansos onde há pouca correnteza e em trechos sem pedras. O bote fica esperando no final.
A maior queda d'água do rio, a Traiçoeira, no fim do trajeto, é o melhor lugar para o surfe.
Ana Carolina Maximini, 16, participou de um rafting pela quarta vez. "Adoro rafting, para quem mora em São Paulo e passa a semana inteira na cidade é ótimo, você faz força, berra", diz ela.

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