São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 1995
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Westinghouse pode vender setor de radar a concorrente

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A Westinghouse anunciou a intenção de vender sua divisão de produtos de defesa, que fabrica radares para controle de tráfego aéreo.
Entre as possíveis compradoras estão a Lockheed Martin e a Raytheon. As três empresas estão envolvidas no caso Sivam. A Westinghouse e a Lockheed foram concorrentes para o fornecimento de radares ao Sistema de Vigilância da Amazônia.
Outros candidatos à compra são Hughes Electronic (uma divisão da General Motors), Loral e Northrop Grumman.
Encontro
O presidente da Westinghouse, Michael Jordan, revelou seus planos em encontro com um grupo de analistas de mercado em Nova York.
Ele disse que espera ter o negócio concluído na primeira metade de 1996 e não estimou o valor da venda.
A unidade de produtos de defesa da Westinghouse faturou US$ 2,4 bilhões no ano passado e deu um lucro operacional de US$ 165 milhões.
A justificativa apresentada pela empresa para a venda de sua divisão de defesa é a necessidade de pagar os US$ 5,4 bilhões comprometidos para adquirir a rede de TV CBS.
A Westinghouse está com um total de dívidas de US$ 8,8 bilhões. Além de defesa e radiodifusão, a empresa também lida com geração de energia, transporte refrigerado e móveis.
Segundo o senador Gilberto Miranda (PMDB-AM), a Raytheon aumentou o custo dos radares da Westinghouse no projeto Sivam para favorecer a Lockheed Martin.
Um porta-voz da empresa se recusou, nesta semana, a falar sobre Sivam com a Folha, recomendando que as questões fossem encaminhadas à Raytheon.
A divisão de produtos de defesa da Westinghouse está baseada em Linthicum, Maryland, costa leste dos EUA, e emprega 14 mil funcionários.

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