São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 1995
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Nasa recebe sinais da sonda Galileo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Pesquisadores da Nasa (agência especial dos EUA) começaram a receber ontem, às 10h15 (hora de Brasília), os primeiros sinais enviados pela sonda Galileo.
Os cientistas esperam receber informações inéditas sobre a temperatura, pressão atmosférica, velocidade do vento e composição química da atmosfera do planeta.
A Galileo entrou na órbita do planeta na última quinta-feira, depois de ter liberado uma sonda atmosférica que penetrou na atmosfera jupiteriana.
Segundo um porta voz do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, os dados continuariam a ser recebidos durante todo o dia.
Os pesquisadores ainda não sabem qual a qualidade dos dados emitidos pela sonda Galileo.
Entretanto os pesquisadores informaram que os sinais, armazenados uma espécie de gravador na Galileo, podem não ser tão claros.
Segundo eles, o Sol, que está entre Júpiter e a Terra, pode causar algum tipo de interferência.
A primeira transmissão consiste de 43 dos 75 minutos de dados emitidos pela sonda atmosférica.
Os dados devem ser retransmitidos em janeiro, quando o Sol não vai estar entre os dois planetas. A transmissão dos 75 minutos deve ser completada em fevereiro.
A sonda Galileo não é primeira a visitar Júpiter, mas a primeira a entrar na órbita do planeta. Na década de 70, as sondas Pionner e Voyager voaram até Júpiter.
Durante os próximos dois anos, a sonda Galileo deve girar 11 vezes em torno do planeta, que é 318 vezes maior que a Terra. Segundo a Nasa, a sonda deve encontrar com as três maiores luas de Júpiter: Ganímede, Calisto e Europa.
A sonda Galileo levou seis anos para chegar ao planeta. Idealizada em 1977, custou US$ 1,35 bilhão aos cofres norte-americanos.
Raios cósmicos
Pesquisadores internacionais devem começar a construir, a partir de 1997 em Mendoza (Argentina), um detector que vai possibilitar o estudo de raios cósmicos.
O projeto, que recebeu o nome de Pierre Augier em homenagem ao físico que descobriu os raios, na década de 20, vai contar com a participação de 50 instituições de 19 países.

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