São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 1995 |
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Pugilista brasileiro acha 'justa' derrota para Liles
EDGARD ALVES
A decisão dos três jurados, por unanimidade, apontou o campeão Liles vencedor por pontos. A luta, realizada anteontem em Sttutgart, na Alemanha, teve 12 assaltos. Foi a terceira vez que Liles defendeu com êxito seu título. Amaral golpeou a boca do adversário, que sangrou no sétimo assalto. Em contrapartida, recebeu sequência de golpes que quase o levaram a nocaute no 12º assalto. O juiz da luta abriu contagem de proteção (de até dez segundos), mas o brasileiro se recuperou e resistiu até o término do combate. "Ele (Liles) teve mais iniciativa, mas a luta foi equilibrada", disse Amaral. O empresário Maurício Ozzi, assessor de Amaral, elogiou o pugilista e lembrou que o último assalto, quando o brasileiro "ajoelhou e pôs a mão na lona para se levantar" por causa de golpes recebidos, definiu o vencedor. "O Amaral foi um guerreiro. Aguentou a parada. Mas a iniciativa foi do campeão", declarou Ozzi, que assessorou o lutador e o técnico Messias Gomes na luta. O retorno do trio a São Paulo estava previsto para ontem à noite, no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP). A bolsa do brasileiro pela luta foi de US$ 80 mil. Amaral disse também que acertou muitos golpes no adversário, especialmente cruzados de esquerda e diretos de direita, e que Liles mostrou ser muito resistente. A derrota marcou a segunda chance desperdiçada por Amaral (1,82 m e 24 anos) em lutas válidas pelo título mundial. Na primeira, em julho do ano passado, ele havia sido derrotado pelo inglês Chris Eubanks, em Londres, por pontos, resultado contestado e polêmico. "O Liles é bem melhor. Eubanks era mais defensivo e procurava contra-atacar. Os golpes vinham por baixo. O Liles é mais alto (1,88 m e 30 anos) e seus golpes vinham por cima", disse. Amaral deve cair no ranking da Associação Mundial de Boxe, no qual era o segundo lugar. Ele foi o 13º brasileiro a lutar por títulos mundiais das principais entidades do boxe internacional. Texto Anterior: Notas Próximo Texto: Amaral ainda quer o título Índice |
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