São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 1995
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Amaral ainda quer o título

EDGARD ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da derrota de anteontem, para Frankie Liles, Amaral disse estar satisfeito. Afirmou, por telefone à Folha, que por ser jovem espera ter nova chance de lutar pelo título mundial.
(EA)

Folha - A derrota o deixou irritado?
Maurício Amaral - Não muito, preciso treinar mais para as próximas chances.
Folha - Então, você ainda espera chegar ao título?
Amaral - Sim, mas não sei quanto tempo vai levar.
Folha - Como foi a sua queda no 12º assalto?
Amaral - Ele acertou uma sequência de golpes, e o juiz abriu a contagem de proteção. Não vi direito que golpes levei. Senti um pouco. Deu para continuar até o final da luta.
Folha - Machucado?
Amaral - Estou inteiro. O rosto está sem marca, um vermelho pequeno, normal.
Folha - Qual foi a sua maior dificuldade?
Amaral - A altura dele dificultou. Para encontrá-lo era difícil. E ele também era canhoto.
Folha - Você lutou bem?
Amaral - A luta foi equilibrada. Acertei golpes embaixo e em cima. Ele é muito resistente. Acertei muitos cruzados de esquerda e até diretos de direita. A boca dele sangrou um pouco.
Folha - A torcida o apoiou?
Amaral - Não sei dizer. Não entendia o alemão. Estava concentrado na luta.
Folha - O que faltou?
Amaral - Só um pouco de sorte. Não me arrependo de nada. Apenas não era minha noite. Perdi por pontos para o campeão. Não é tão feio. Encarei.
Folha - O Liles é leal?
Amaral - Comigo foi.
Folha - Existe possibilidade de uma revanche?
Amaral - Não sei dizer. Ele deve ter outras lutas marcadas. Foi o melhor rival que enfrentei.
Folha - A bolsa foi paga integralmente?
Amaral - Parece tudo sob controle. Vou pegar o dinheiro e dar de entrada na compra de um apartamento. Folha - Novos planos?
Amaral - Treinar muito. Sou novo, tenho 24 anos e não dá para pensar em parar.

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