São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 1995
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'Poucos alunos são reprovados'

CÉLIA ALMUDENA
DA REPORTAGEM LOCAL

Se para os alunos a recuperação é uma punição, para os professores é mais uma chance.
"Os alunos têm consciência de como levaram o ano, então a recuperação não é surpresa. Poucos alunos ficam reprovados depois da recuperação", diz Maria Odette Brancatelli, 31, professora do Colégio Bandeirantes.
Para Cândida Gancho, 38, professora do Bandeirantes, são vários os motivos que levam os alunos a ficar de recuperação.
"Pode ser uma deficiência que o aluno trouxe da série anterior. Ou a onipotência juvenil: 'Todo mundo toma pau, eu não vou tomar'.", acredita Cândida.
Para ela, a recuperação depende mais do aluno do que do professor. Osvaldo Piffer, 42, orientador educacional e pedagógico do Porto Seguro concorda.
"Se passar, no ano seguinte o aluno vai ter de trabalhar mais porque está levando uma defasagem", diz Osvaldo.
Os professores acreditam que a situação é pior para os vestibulandos. Algumas escolas, como o Porto Seguro e o Augusto Laranja, até adiantam o calendário para os vestibulandos.
"O aluno deve se preocupar em vencer uma etapa, o segundo grau, para depois pensar na outra", diz Cinilia Gisondi Omaki, 36, professora do Bandeirantes.
Maria Inês Nabuco de Oliveira, 45, coordenadora do Augusto Laranja, diz que a recuperação acaba sendo útil para o vestibular. "O aluno enriquece o repertório que adquiriu durante o ano."
(CA)

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