São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 1995 |
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Zagallo acredita que 'estrela' define decisão
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
"Os jogadores que têm superstições se sentem mais fortes quando fazem seus rituais antes dos jogos", disse o treinador. "Eles entram mais seguros em campo." Para Zagallo, o que define uma final é a "estrela" de cada time. "Para ser campeão, você tem que ser predestinado", afirmou. "Quando eu dizia que era pé-quente, muita gente caçoava. Ser pé-quente é saber liderar, transmitir força ao time", explicou. "Depois que eu virei tetra, o que os críticos podem dizer?" O técnico da seleção brasileira nunca negou a fama de supersticioso. "Passei a gostar do número 13 quando parei de jogar futebol. Recebi do Aloísio, um roupeiro do Botafogo que já morreu, uma camisa com este número", afirmou. "As pessoas começaram a comentar e o número passou a me dar sorte. Até hoje, não posso reclamar." Na decisão do Mundial, Zagallo lembrou de um lance no final da partida entre Brasil e Itália. "O Brasil procurava o gol e os italianos não tinham pressa. No final do jogo, a bola ficou parada no campo, não muito longe do nosso banco. Eu entrei no gramado e chutei a bola", contou Zagallo. "Na verdade, eu quis tocar na bola não apenas porque o Brasil tinha pressa, mas para passar minha sorte, minha energia para os jogadores." O técnico Telê Santana, do São Paulo, também é supersticioso. Depois de assumir a direção do time paulista, passou a usar uma camisa vermelha quando a equipe disputa jogos importantes. (JCA) Texto Anterior: Pais temem abalo emocional do garoto-talismã Próximo Texto: Presente não está à altura Índice |
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