São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 1995
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Equipe minimiza possibilidade de ação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A equipe econômica decidiu minimizar publicamente a possibilidade de sofrer uma ação da Procuradoria Geral da República por suposta má condução da crise financeira do Banco Econômico.
"Ainda não tomei conhecimento de nenhuma ação, mas esse assunto será tratado por quem de direito, os advogados da Fazenda e do Banco Central", disse o ministro da Fazenda, Pedro Malan.
A declaração foi dada no sábado, quando Malan saiu de sua casa e foi ao ministério, onde ficou das 15h às 17h. Com o ministro estava apenas uma funcionária da assessoria de Comunicação Social.
O recado dos assessores do BC era praticamente idêntico: ninguém tinha conhecimento oficial da ação, mas o assunto seria discutido na Justiça.
Nos bastidores, porém, a equipe, em especial o BC, mostra irritação. Um diretor do BC chegou a comparar a divulgação para a imprensa da ação da Procuradoria com três dias de antecedência com o "vazamento" da pasta cor-de-rosa do Banco Econômico.
Segundo esse raciocínio, o "vazamento" da ação é tão ou mais criticável que o da pasta rosa, cujos documentos estão hoje justamente com a Procuradoria.
A irritação, segundo o mesmo diretor, não é com a ação -que, segundo ele, não deverá chegar a nada-, mas com suposto oportunismo dos procuradores.
Liminar
O BC dá como certo conseguir hoje a cassação da liminar -decisão judicial provisória- concedida contra o programa de fusões no governo na última sexta-feira.
A liminar foi expedida pela juíza Selene Maria de Almeida, da Justiça Federal em Brasília.
No entender do BC, a exposição de motivos da ação do sindicato é falha: até os cargos de Loyola e dos diretores Cláudio Mauch (Normas e Fiscalização) e Alkimar Moura (Política Monetária) estão trocados no processo.

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