São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 1995 |
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Dois negociadores fecharam o acordo A forma final saiu em dia de jogo CARLOS ALBERTO SARDENBERG
Moura da Silva estava no circuito desde julho, mas suas primeiras intervenções avançaram pouco. Havia muitos interlocutores do outro lado, e as negociações se dispersavam. Moura da Silva sugeriu então ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, que designasse um negociador especial para o caso Banespa. E o ministro atribuiu a tarefa a José Roberto Mendonça de Barros, secretário de Política Econômica. Funcionou. Moura da Silva operou de seu escritório na avenida Paulista, centro financeiro de São Paulo. Por fax e telefone, trocava idéias com Mendonça de Barros, em Brasília. E toda semana, na sexta ou na segunda-feira, reuniam-se em São Paulo, na casa de Mendonça de Barros. Participavam também o secretário da Fazenda de São Paulo, Yoshiaki Nakano, e o diretor de Política Monetária do Banco Central, Alkimar Moura. Ao final, incorporou-se o novo presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, irmão de José Roberto, especialista em operações financeiras. As reuniões passaram, então, a ocorrer duas vezes por semana. A forma final do acordo foi definida numa reunião no domingo à tarde, dia 10, quando jogavam Santos e Fluminense, pela semifinal do campeonato brasileiro. (CAS) Texto Anterior: Acordo faz dívida federal crescer R$ 7 bi Próximo Texto: Banco dá prejuízo sem ganho inflacionário Índice |
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