São Paulo, quarta-feira, 20 de dezembro de 1995 |
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Raytheon contesta denúncia de ACM
DA REPORTAGEM LOCAL A empresa Raytheon negou ontem, em nota oficial, a acusação de direcionamento na escolha das empresas que implantariam o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). A denúncia foi feita anteontem pelo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA).Na nota, a empresa norte-americana -contratada sem licitação no governo Itamar Franco- diz que, ao contrário do que divulgou o senador, "nunca houve nenhum contrato de prestação de serviços, celebrado entre a Raytheon e a Esca, para prestação de serviços de consultoria e assistência em marketing empresarial ou para quaisquer outros serviços". O documento em poder de ACM demonstraria que as as empresas Esca, Líder e Raytheon teriam formalizado acordo para atuar no Sivam antes mesmo de serem escolhidas pelo governo. O contrato entre as empresas, segundo ACM, é de 8 de julho de 1992. A Esca foi escolhida pelo governo em dezembro de 1993 e a Raytheon em julho de 1994. Na nota divulgada ontem, a Raytheon disse que, em 8 de julho de 1992, celebrou uma carta de intenções com a Esca para discutir "a possibilidade de participarem juntas da competição para o projeto Sivam". Segundo a nota, a carta de intenções foi preparada para servir como um pré-acordo pelo qual as partes manifestaram sua intenção de manter discussões "para determinar a natureza de seu relacionamento comercial e definir quais seriam seus respectivos papéis". A empresa diz ainda que, à época da assinatura da carta de intenções, não existiam restrições sobre a participação conjunta de empresas brasileiras e estrangeiros. A nota diz ainda que a carta de intenções foi rescindida em 18 de fevereiro de 1993, "muito antes de ser anunciada a escolha da Esca" pelo governo brasileiro. Os dirigentes da Líder Táxi Aéreo e da Esca não foram localizados para comentar o assunto. Texto Anterior: Contrato com a Raytheon termina na segunda-feira Próximo Texto: Embratel faz contrato para lançar satélite Índice |
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