São Paulo, sábado, 23 de dezembro de 1995
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Psicólogo adere a camisinha

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O professor e psicólogo Júlio A., 27, foi um dos primeiros a entrar no Projeto Bela Vista, ainda em agosto do ano passado. Dezesseis meses depois, ele afirma que continua usando preservativo regularmente.
Há um ano e meio mantém uma relação fixa com um rapaz. "Estamos discutindo a possibilidade de morarmos juntos, mas a hipótese de deixarmos a camisinha nem entra em discussão."
Segundo ele, o uso do preservativo já foi incorporado na relação. "Não se trata de uma questão de confiança, mas de uma prática que achamos segura."
Júlio tem amigos em grupos onde a camisinha é muitas vezes deixada de lado. "Nós, os homossexuais, somos muito passionais. Muitos ficam tão envolvidos que negam a existência de risco." O projeto listou justificativas de homossexuais e bissexuais para não usarem camisinha. A principal é o suposto conhecimento do parceiro, o que os leva a acreditar que não há risco.
Outros alegaram estar sem camisinha na hora do encontro, ou não esperar que ocorreria penetração. "O impulso está presente em muitas explicações", diz o sociólogo Grangeiro. "Os motivos estão mais ligados à situação do que à informação."
(AB)

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