São Paulo, sábado, 23 de dezembro de 1995
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Vitrine reflete momentos de indecisão dos consumidores

DA REPORTAGEM LOCAL

Com uma máquina fotográfica escondida, a Folha flagrou esta semana a reação das pessoas diante das vitrines de um shopping de São Paulo.
Os consumidores foram fotografados sem perceber. O ensaio mostra que, em vez de prazer, o momento das compras de Natal é de tensão.
Olhares apreensivos, uma mão na boca, unhas sendo roídas e um certo ar de desconfiança foram as expressões mais frequentes.
Para atrair a atenção, todas as vitrines apelaram para as cores natalinas: verde e vermelho, misturados a muito dourado.
"A gente vai correndo para tudo que é colorido e vibrante", diz a modelo Josy Santos, 23, em frente a uma vitrine repleta de perfumes.
A vitrinista Carmen Hochhmeier, 30, que preparou dez lojas neste Natal, ahca que os proprietários têm medo de arriscar e acabam fazendo o "tradicional". "Mas essa é uma área bastante nova, que ainda tem muito campo", prevê.
No Shopping Morumbi (zona sul), a loja Levi's encontrou uma forma barata de chamar a atenção: colocou uma agenda aberta, com um pequeno bilhete, na vitrine.
"Achei interessante aquele bilhetinho. Fui tentar ler o que está escrito", conta Paula Lessandra, 22, gerente de outra loja do shopping.
O bilhete é simples. Está escrito, apenas, "Hoje à noite festa da Vicky!". Em seguida, uma frase de propaganda.

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