São Paulo, sábado, 23 de dezembro de 1995
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Marinho substitui Guiba nos Metalúrgicos

MARCELO MOREIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, NO ABCD

A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD anunciou oficialmente ontem a indicação de Luiz Marinho, atual vice-presidente da entidade por São Bernardo, como o sucessor de Heiguiberto Navarro, o Guiba, na presidência do sindicato.
A decisão foi tomada em seminário de dois dias realizado em Atibaia (65 km ao norte de São Paulo) e que se encerrou na última quarta-feira.
Marinho foi escolhido para encabeçar uma chapa única, que será formada e submetida aos trabalhadores do ABCD durante os primeiros meses de 1996. A eleição deve ocorrer até abril do ano que vem, quando termina o mandato de Guiba.
A indicação de Marinho foi possível depois que Guiba anunciou a retirada de sua candidatura no início do seminário de Atibaia.
O atual presidente do sindicato afirmou que pretende se dedicar à "expansão" da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, da qual também é presidente. "Pretendemos colocar em prática a ampliação e consolidação da confederação", disse Guiba.
Marinho afirmou que sua indicação foi "consenso" entre os 64 diretores do sindicato. Com sua indicação pela diretoria, Marinho deverá assumir a presidência da entidade a partir de abril de 1996.
Luiz Marinho nasceu há 35 anos em Cosmorama (SP). Funcionário da Volkswagen em São Bernardo desde 1978, no posto de operador de máquinas, ingressou no sindicato em 1984 como tesoureiro, passando por cargos como secretário-geral e vice-presidente.
Antes do seminário, estavam cotados também para a sucessão de Guiba o secretário-geral, Carlos Alberto Grana, e o vice-presidente por Santo André, Cícero Firmino da Silva. Os dois, assim como Guiba, deverão ocupar cargos na nova diretoria.
O processo de escolha do sucessor de Guiba é exatamente o mesmo há 14 anos, desde a eleição de Jair Meneguelli em substituição a Luís Inácio Lula da Silva.
Toda a diretoria se reúne em um seminário de dois dias em algum lugar do Estado de São Paulo e, por consenso, escolhe um indicado, que na prática é o presidente.
Em todas as eleições sempre houve chapa única, ou seja, nunca houve disputa eleitoral pelo voto entre dois candidatos.

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