São Paulo, quinta-feira, 28 de dezembro de 1995
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Retrospectiva 95

CARLOS SARLI

O ano começa de luto com a morte de Mark Foo, na véspera de Natal de 94, em Mavericks, praia ao sul de São Francisco, Califórnia, que, até há pouco tempo, não era surfada.
Mas, para os brasileiros, havia motivo para comemorar.
Nove competidores, número recorde, iriam disputar a primeira divisão do surfe mundial.
Sonho antigo de atletas e patrocinadores, um campeonato de surfe em Fernando de Noronha se tornou realidade em janeiro.
Com ondas grandes, tubulares e fechadas, Ricardo Toledo saiu na frente no ranking da Abrasp.
O evento, que contou pontos também para o WQS, não se repetirá em 96.
Em fevereiro, estreou no Brasil a segunda versão do filme "Endless Summer", que, apesar de ser menos empolgante que o original, fez sucesso.
Graham Cassidy é demitido por unanimidade do cargo de diretor executivo da ASP.
Sunny Garcia venceu a primeira das 12 etapas previstas do Tour da ASP, em abril, na Austrália.
Em maio, por intermédio de pesquisas realizadas em revistas de surfe de todo mundo, os brasileiros Carlos Burle e Pedro Muller conquistaram vaga para o Quiksilver Pro em G-Land. Tom Carrol completou o quadro de wild cards.
Em junho, terminou o evento mais esperado do ano e que correspondeu a todas as expectativas. Ondas de 8 a 12 pés durante todo o campeonato fizeram de G-Land o melhor da história da ASP.
Muitas notas dez e Kelly Slater venceu Jeff Booth na final.
Em julho, rolou os Extreme Games, a olimpíada dos esportes de ação, nos EUA.
Ao todo, 12 modalidades, do skate ao sky-surfe.
Em Valle Nevado, Chile, aconteceu o 1º Campeonato Brasileiro de snowboard.
O brasileiro Rodrigo Menezes, 18, se tornou campeão mundial de skate vertical em Munster, Alemanha.
Em agosto, Victor Ribas venceu a primeira das três etapas francesas do Tour.
A equipe brasileira chegou em segundo lugar na Raam, competição ciclística que cruza os EUA de costa a costa.
Em setembro, a ISA (International Surfing Association), que organizava o surfe amador, votou por encerrar a divisão no esporte. Profissional e amador são uma coisa só.
Foram 23 votos a favor e 1 abstenção, do Brasil. A discussão continua em 96.
Em outubro, a etapa brasileira do WCT foi salva pelo gongo pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
Barton Lynch, com todos os méritos, faturou o Rio Surf Pro.
A etapa seguinte, que faria sua estréia no Tour, em Porto Escondido, México, foi cancelada.
Mesmo ficando em sétimo lugar na última etapa do Brasileiro, Ricardo Toledo conquistou pela segunda vez o título nacional de surfe profissional, em novembro, em Ubatuba.
Em dezembro, em grande estilo, o americano Kelly Slater venceu o Pipe Master e conquistou pela terceira vez o título mundial de surfe.
Decepção dos havaianos que apostavam num filho da terra, Sunny Garcia.
O carioca Victor Ribas foi o melhor brasileiro no ano na sexta colocação.
Em 1995, a equipe Quiksilver faturou os três títulos da ASP, pelo segundo ano consecutivo.
Rusty Keualana, 26 (no longboard, pela terceira vez), Lisa Andersen, 26 (no surfe feminino, pela segunda vez), e Kelly Slater, 23, foram os campeões da temporada.
Para fechar o ano, Ubatuba recebe, no sábado, 180 atletas do Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Holanda, Alemanha e Estados Unidos, para o 5º Boogie de pára-quedismo, o maior encontro do esporte no país.
E no ano que vem tem mais.

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