São Paulo, domingo, 5 de fevereiro de 1995
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Câmara debate futuro do carro no país

DA REDAÇÃO

O governo deve propor o aumento de alíquotas do Imposto de Importação de carros para tentar conter a entrada de veículos no país. A idéia será apresentada amanhã, em reunião plenária da câmara setorial da indústria automotiva.
O mais provável é que a alíquota, hoje em 20%, suba para 35%. A intenção da equipe econômica é evitar que se concretize o aumento de 150% previsto nas importações deste ano.
As previsões indicam: mantidas as atuais condições, devem entrar no país este ano 450 mil carros.
Só as montadoras estabelecidas no país pretendem trazer 300 mil unidades. Em 1994, o Brasil importou 180 mil veículos.
Outra alternativa, menos provável, é estabelecer quotas de importação. O governo limitaria as importações a um determinado número de veículos por marca.
A idéia inicial da equipe econômica é discutir as mudanças com montadoras e trabalhadores. Antes de tomar qualquer medida, o governo quer ter o compromisso de que a indústria vai manter os preços e aumentar a produção.
Embora o governo não pense em discutir questões trabalhistas, as duas maiores centrais sindicais do país (CUT e Força Sindical) vão juntas à reunião dispostas a não fechar acordo se o assunto não constar da pauta. As centrais querem definir metas de crescimento do emprego proporcionais ao aumento da produção.
Se os trabalhadores estão unidos, o mesmo não ocorre com as montadoras. Divergem sobre o aumento da tarifa de importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados para carros "populares".
Batida pela Fiat na faixa dos "populares", a Volkswagen quer aumentar de zero para 5% a 8% o IPI desses modelos. Em contrapartida, propõe diminuir o imposto pela metade dos modelos mais caros —entre 25% e 30%.

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