São Paulo, domingo, 5 de fevereiro de 1995
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Covas lista as privatizáveis

DA REPORTAGEM LOCAL

Preocupado em desfazer a imagem de "estatizante" (adquirida durante a Constituinte de 88), Covas faz questão de divulgar que seu primeiro projeto encaminhado à Assembléia propõe a venda da Codasp (Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo).
Anteontem, durante o balanço sobre o primeiro mês de governo, Covas anunciou, pela terceira vez, a venda da estatal.
Vinculada à Secretaria da Agricultura, a Codasp aluga equipamentos (tratores, motoniveladoras, cavalos mecânicos e caminhões) para produtores rurais e prefeituras do interior.
A empresa, segundo dados do governo, é deficitária. Em 94, ela teve uma receita de US$ 12 milhões contra uma despesa de R$ 18 milhões, o que significa um déficit operacional de US$ 6 milhões.

Socorro
O resultado desse déficit é que a empresa teve que ser socorrida pelo Estado, que lhe repassou US$ 7 milhões. Na opinião dos técnicos do governo tucano, a empresa deveria ser rentável.
A Codasp, com sede em São Paulo, tem hoje 948 funcionários, entre pessoal do quadro próprio e contratados através de empresas de prestação de serviços.
O governo só irá definir o método para sua privatização, incluindo o valor de venda, depois que obtiver autorização da Assembléia.
Embora ainda não tenha estabelecido um programa de privatizações, o governo tucano já tem outras empresas na mira. Ou para a simples venda ou para buscar parcerias com a iniciativa privada.
A segunda empresa a ser privatizada deve ser a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).
Com cerca de 2.500 funcionários na capital e em centrais de abastecimentos no interior, a Ceagesp é considerada um dos principais sistemas de escoamento de hortigranjeiros no país e mantém varejões e mercados.
Uma das empresas do Estado que deve buscar parcerias com a iniciativa privada é a Fepasa (Ferrovia Paulista S.A).

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