São Paulo, domingo, 5 de fevereiro de 1995
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Salário supera medo de tremor

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

"É preferível um salário bom, mesmo com terremoto, do que viver com os baixos salários brasileiros."
A afirmação de Edna Nemoto, sócia-gerente da Roppong Tour, de Maringá, reflete o sentimento dos dekasseguis do norte do Paraná que buscam emprego no Japão.
Hiroshi Ishii, 33, que seguiu na última terça-feira para sua terceira experiência no Japão, concorda com Nemoto.
Segundo ele, nas duas vezes em que esteve no Japão conseguiu acumular "o que jamais poderia imaginar no país".
Américo Yamanaka, 35, representante da Chubu Kogyo em Cascavel (420 km a oeste de Curitiba), diz que a preocupação com terremotos "não impede o desejo maior que é o de ganhar um salário digno."
Recém-casados, Carlos Kitame, 31, e Cláudia Yoko, 24, se inscreveram em três agências intermediadoras de mão-de-obra.
Eles apontam a falta de filhos como o principal fator "para arriscar até mesmo um terremotozinho". Eles acreditam que em três anos no Japão conseguirão a "estabilidade para ter filhos".
(JM)

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