São Paulo, domingo, 5 de fevereiro de 1995
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Crise de estádios embaralha Paulista

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O clássico Corinthians x Santos não deve ser o único jogo do primeiro turno do Campeonato Paulista a ser adiado por falta de campo para se jogar.
Em outras seis rodadas há coincidências de jogos na cidade de São Paulo que podem trazer de volta esse problema.
Pelo menos nos últimos 25 anos, o Campeonato Paulista nunca enfrentou tantos problemas com estádios, em especial os da cidade de São Paulo, como neste início de temporada.
O estádio do Morumbi, o maior do Estado e onde normalmente se disputam os clássicos, está com rachaduras nas bases das colunas gigantes.
Dificilmente estará liberado, ainda que só no nível térreo, em menos de um mês.
O diretores da Portuguesa negociam para liberar o Canindé, cujas falhas na estrutura estão há cinco anos para serem corrigidas.
No Pacaembu, a reforma do gramado, quase destruído pelos shows dos Rolling Stones, deve durar pelo menos mais 15 dias.
O Parque Antarctica enfrenta dois problemas diferentes. Primeiro, parte de sua arquibancada está interditada.
Além disso, os outros clubes grandes, São Paulo e Corinthians, não gostam de jogar lá —da mesma forma que o Palmeiras reluta em ceder seu estádio para eles.
O estádio do Juventus, na rua Javari, além de pequeno, não tem condições de sediar jogos à noite.
Por causa de toda essa situação, já na próxima quarta-feira a Federação Paulista de Futebol deve procurar um estádio para o jogo entre Portuguesa e Juventus.
Nas outras rodadas críticas, a FPF marcou jogos de Corinthians e São Paulo no mesmo dia e na capital do Estado. Elas vão acontecer nos dias 12 e 22 de fevereiro, 8 e 22 de março e 5 de abril.
Esses não são, porém, os únicos estádios do Estado com problemas. A Vila Belmiro, que pertence ao Santos, e o Brinco de Ouro, do Guarani, estão fechados porque o estado dos gramados ainda não é o ideal.
Por enquanto, o Guarani tem mandado seus jogos em Mogi Mirim e o Santos, no estádio Ulrico Mursa, que pertence à Portuguesa de Santos.
A Ponte Preta, rival do Guarani, enfrenta outro tipo de problema. Parte das arquibancadas, a que normalmente é ocupada pela torcida visitante, foi fechada pela Defesa Civil porque ameaçava desabar.

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Sobre o Paulista 95 nas págs. 3 a 5

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