São Paulo, domingo, 5 de fevereiro de 1995
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Em 78, equipe superou Williams e McLaren

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil de 1975 era ainda um país nacionalista. O fracasso do futebol tricampeão do mundo na Copa da Alemanha, um ano antes, já havia sido compensado.
O brasileiro Emerson Fittipaldi, a bordo de um McLaren, tinha se tornado bicampeão mundial.
Nessa época, as brincadeiras de garagem dos Fittipaldi, iniciadas alguns anos antes com o Fitti-Porsche, um protótipo, ganhavam corpo. O sonho era criar a primeira equipe brasileira da F-1.
Com o projeto no bolso, os Fittipaldi conseguiram o patrocinador, a Copersucar (Cooperativa dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo).
Este nome acabou, sem querer, se tornando o símbolo da equipe e, hoje em dia, poucos se lembram que o time teve outros patrocinadores em seus últimos três anos.
A estréia, em 75, aconteceu em Buenos Aires. Wilsinho conseguiu colocar o carro no grid, na 23ª posição, a última.
Na corrida, vinha desenvolvendo bem até a 13ª volta. Um pneu esvaziou-se e o piloto não conseguiu evitar o guard-rail. No choque, o motor pegou fogo.
O ano de estréia não foi bom. Nenhum ponto. Em 76, porém, Emerson trocou a condição de favorito nas equipes grandes para ajudar o irmão.
O talento do bicampeão fez efeito. O carro chegou três vezes em sexto, a primeira delas em Long Beach, nos EUA, em 28 de março.
O melhor ano seria 78. Correndo, em Jacarepaguá (Rio), Emerson chegou em segundo, atrás da Ferrari de Carlos Reutemann, e foi ovacionado pela torcida.
O brasileiro faria o Copersucar conquistar a sétima colocação no Mundial de Construtores, à frente da McLaren e Williams.
A partir de 79, a equipe iniciaria seu declínio. O sonho acabaria de forma melancólica em 82. Tendo como piloto o brasileiro Chico Serra, a equipe marcaria um único ponto, no GP da Bélgica.

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