São Paulo, domingo, 5 de fevereiro de 1995 |
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Revendas registram corrida a importados
LUÍS PEREZ
"Vendemos 20 unidades do Passat e 20 da Variant em um dia. Alguns clientes querem pagar correndo com medo da subida de preços", diz Naul Ozi, 42, diretor de vendas e marketing da Sopave (VW), que tem praticado preço de tabela, sem descontos. Se a alíquota subir, segundo as revendas, o preço final do veículo deve aumentar entre 8% e 12%. O encarregado de vendas da Subaru do Jardim Europa (zona sul de São Paulo), Sérgio Fraga Moreira Filho, 25, diz que vendeu oito das dez unidades disponíveis terça-feira passada. "Muitas pessoas que estão de férias ligam do litoral ou do interior com pedidos de reserva de carros. Com certeza a procura deve se intensificar." Prevendo a antecipação de compras pelo consumidor, a Citroen lançou na semana passada uma promoção especial. O cliente dá 50% do valor do carro no ato do pedido. Se o veículo sofrer algum tipo de reajuste, o preço fica "congelado". "Não vamos repassar o aumento caso ele ocorra", diz Sergio Habib, 37, representante Citroen. Habib espera vender 2.000 unidades em dez dias. Em algumas lojas, é raro encontrar um modelo para pronta entrega. Parte das revendas consultadas promete o carro para daqui a dois ou três meses. Emilio Julianelli, 49, presidente da Abeiva (associação de importadoras), acha que um eventual aumento "é especulação total". "A notícia que tenho é de que o movimento está normal. Não há nada decidido. A discussão ainda vai começar. Não se pode resolver questão de tamanha importância em uma reunião de duas horas." A Anfavea (associação dos fabricantes de veículos) apóia um possível aumento, segundo seu presidente, Luiz Adelar Scheuer. Para Scheuer, vai ser corrigida uma distorção. Pelo menos duas revendas ainda consideram o movimento normal: Spazio (Fiat) e Alphaville (Renault). O Tipo tem sido vendido cerca de R$ 700,00 acima da tabela sugerida. Já o Alfa 164 sai com desconto de 12%. Texto Anterior: Veja as linhas do novo Voyage para 96 Próximo Texto: Carro fica mais caro Índice |
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