São Paulo, quarta-feira, 8 de fevereiro de 1995
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Renascimento italiano

THALES DE MENEZES

A primeira rodada do Grupo Mundial da Copa Davis teve dois favoritos eliminados (Espanha e Austrália), a confirmação dos maiores favoritos ao título (EUA e Alemanha) e a revelação de uma nova força dentro da competição: a jovem equipe italiana.
Andrea Gaudenzi e Renzo Furlan passaram fácil pelos tenistas da República Tcheca. Nas quartas-de-final, nos dias 31 de março, 1º e 2 de abril, os italianos recebem os EUA em Roma, num confronto que promete muita emoção.
Só um louco pode dizer que os EUA estão ameaçados. Afinal, mesmo com equipe meia-bomba (Todd Martin em má fase e Jim Courier ainda em busca do prestígio perdido), os EUA atropelaram os franceses no último fim-de-semana. Para enfrentar a Itália, prometem seu "dream team", com Pete Sampras, Andre Agassi, Michael Chang e Jim Courier.
Só feras, mas na Davis as coisas são meio diferentes. No Foro Itálico, os norte-americanos terão que lutar contra as quadras de saibro que tanto odeiam e a fogosa torcida local. O Foro é um alçapão, onde os adversários dos italianos costumam ser atingidos por moedas e pilhas arremessadas da audiência. Por isso, Sampras e amigos terão que mostrar muito tênis.
Enquanto isso, os ídolos alemães Boris Becker e Michael Stich destroçaram a Croácia. Na próxima rodada, são favoritos absolutos contra os holandeses.
As quartas-de-final da Davis serão completadas com dois confrontos euqilibrados: a Rússia recebe a África do Sul e a Suécia enfrenta a Áustria, grande zebra do fim-de-semana ao bater a Espanha.
Um dos motivos da derrota espanhola foi a escalação de Sergi Bruguera para disputar a partida de duplas. Com a contusão de Sergio Casal, parceiro habitual de Emilio Sanchez, a melhor opção teria sido escalar Emilio ao lado de seu irmão Javier. Sem cacoete de duplista, Bruguera foi um fardo para Emilio carregar. Além de perder na dupla, Bruguera se cansou e depois não ofereceu resistência a Thomas Muster no domingo.
A derrotada Espanha vai ter companhia ilustre na repescagem da Davis. É a Austrália, outra favorita surpreendida na estréia. Na verdade, os australianos tiveram azar. Mark Woodforde se contundiu no jogo contra o sul-africano Marcos Ondruska, que era considerado ponto certo para os australianos. Depois, Wayne Ferreira não fez mais do que sua obrigação ao derrotar Patrick Rafter e classificar a África do Sul.

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