São Paulo, sábado, 18 de fevereiro de 1995 |
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Brizola quer movimento contra reformas
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, disse ontem que pretende deflagrar um movimento de massa, como o das "Diretas-já", contra o "entreguismo" proposto pelo governo nas reformas constitucionais.O governo, na sua opinião, quer "favorecer o capital em detrimento do trabalho". "Eles (governo) querem desmantelar, leiloar, vender da maneira mais leviana e irresponsável o patrimônio público. Isso deve estar fazendo com que os fundadores da República brasileira estejam se voltando de bruços nos seus túmulos, de vergonha", disse. Falando pelo telefone à rádio Guaíba, de Porto Alegre (RS), de sua fazenda em Durazno (região central do Uruguai), Brizola disse que o PDT vai "divergir" de maneira "drástica" contra "o modismo" neoliberal das reformas. "Nós queremos reformas para abrir, democratizar, fazer com que a economia brasileira se desenvolva como fizeram os norte-americanos no começo. Aqui, estamos marchando para um rumo contrário", afirmou o ex-governador. O presidente do PDT disse que o governo deveria submeter as reformas a um plebiscito. "Aqui (Uruguai), fizeram um plebiscito sobre privatizar a telefonia, o serviço de eletricidade e outros. A população disse não." Brizola, 73, disse sentir-se com a disposição de um jovem de 21 anos para "ir às ruas", a partir de março, contra as reformas e a política econômica do governo. Ele afirmou que Fernando Henrique "pensava diferente quando era bem brasileiro. Acho que lavaram a mente dele", disse. Texto Anterior: Collor critica falta de agilidade de FHC Próximo Texto: Indústria das ações também lesa INSS Índice |
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