São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 1995
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PIB registra crescimento de 5,67% em 94

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O PIB (Produto Interno Bruto), que mede a quantidade de bens e serviços produzidos, cresceu 5,67% no Brasil em 1994.
Foi a maior taxa de crescimento medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desde os 7,50% registrados em 1986, ano do Plano Cruzado.
No último trimestre de 94, o PIB cresceu 9,21% sobre o mesmo período de 93, registrando o maior crescimento trimestral desde o último trimestre de 85.
O desempenho da economia surpreendeu os técnicos do IBGE, que haviam feito no mês passado uma projeção 5,3%, com base nos números apurados até novembro.
Cronemberger disse que o desempenho industrial de dezembro foi maior que o esperado e derrubou a projeção. Também o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica aplicada) subestimou o crescimento de 94, calculando em 4,9%.
A indústria de transformação, que cresceu 7,9%, foi a principal responsável pelo crescimento do PIB brasileiro no ano passado, segundo Cronemberger. Esse setor responde por 36,27% do PIB.
O segundo no crescimento econômico de 94 foi o subsetor das lavouras, que cresceu 10,44%. O comércio cresceu 5,88% e as comunicações, 13,12%. Entre os três grandes setores, a indústria geral cresceu 6,96%, a agropecuária, 7,47%, e os serviços, 4,03%.
O IBGE informou que só divulgará o valor do PIB de 94, expresso em reais, na próxima semana. Em dólares, o Banco Central só costuma fazer o cálculo do PIB a partir de abril.
A simples projeção do percentual de crescimento do PIB em 94 sobre o valor do PIB de 93 calculado pelo Banco Central (US$ 456 bilhões) eleva o valor do PIB no final do ano passado a US$ 482 bilhões. Mas Almir Cronemberger adverte que esse não é um método preciso de se fazer o cálculo.
O crescimento econômico de 5,67% significou um aumento de 4,2% no PIB per capita do país. A diferença de um para outro é representada pelo aumento da população do país ao longo do ano, calculado pelo IBGE em 1,42%.
O PIB brasileiro por pessoa ainda está 1,2% abaixo do que era em 1980. Para superar o de 80, é preciso que o PIB cresça 2,6% este ano.

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