São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 1995
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Med privilegia lazer em seus 120 "villages"

SILVIO CIOFFI
DO ENVIADO ESPECIAL A RIO DAS PEDRAS

O Club Med inaugurou um estilo novo de hotelaria e de lazer no imediato pós-Segunda Guerra.
Numa Europa arrasada, o campeão belga de pólo aquático Gérard Blitz foi encarregado pelo governo de seu país a fazer um centro para recreação de pessoas que voltavam da frente de combate.
Blitz conheceu então o francês Gilbert Trigano, que vendia tendas de campanha e sobras de guerra.
A dupla criou uma espécie de clube-hotel em que cada um fazia o que sabia —ginástica, culinária, arrumação, atividades recreativas e culturais—, num empreendimento que não envolvia dinheiro.
O sucesso do primeiro "village" em Alcudia, na Espanha, e do novo conceito foi estrondoso.
Passadas cinco décadas, o Club Med mantém 120 empreendimentos que, espalhados pelos cinco continentes do mundo, empregam 30 mil pessoas.
Tem ainda dois veleiros oceânicos para 450 passageiros cada.
No ano passado, já sob a presidência de Serge Trigano, filho do fundador, todos esses "villages" receberam 1,2 milhão de hóspedes e tiveram um resultado líquido da ordem de US$ 18 milhões.
Mas Serge Trigano tem planos de crescer mais. E esse mais é hoje calculado em 7% ao ano, o que significa chegar ao ano 2000 com um total de 150 "villages" e 2 milhões de hóspedes anuais.
No caso do Brasil, o grupo pretende somar aos empreendimentos existentes —os "villages" Rio das Pedras, em Mangaratiba (RJ), e de Itaparica (BA)— um novo que seria construído no Nordeste.
Até o fim do século o Med também quer implantar hotéis de luxo no Pantanal e na Amazônia.
Mas a expansão planejada por Trigano não pára por aí e não escolhe tipo específico de paisagem, desde que seja paradisíaca.
Tendo em comum o conceito de propiciar ambientes de lazer, confraternização e esporte —filosofia herdada de seus fundadores—, esses "villages" estão sendo construídos em lugares tão díspares como praias, sítios arqueológicos, próximos de florestas e em montanhas nevadas.
Norteado por esse princípio, o grupo investe em diversos alvos. Na Ásia, por exemplo, tem planos de abrir até 1998 "villages" na China, Indonésia, Vietnã e Japão.

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