São Paulo, segunda-feira, 27 de fevereiro de 1995
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Fabricantes planejam montar veículos no Brasil

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

Tanto a Kia Motors como a Asia Motors planejam estabelecer linhas de montagem de seus modelos no país.
"Já possuímos um terreno com 200 mil metros quadrados para a construção da fábrica, dentro de três anos, na cidade capixaba de Serra", revela o empresário José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil.
Até lá, ele acredita que as vendas tenham superado as 30 mil unidades anuais, o patamar mínimo para o investimento. Já neste ano, a projeção é de que 24 mil veículos da marca serão vendidos no país, contra 6.118 em 1994.
Desse total, 15 mil serão da Besta, o mais bem-sucedido dos quatro modelos à venda.
Sem ter fixado ainda um prazo para iniciar as obras, a Asia Motors também conduz estudos técnicos para investir em uma linha de montagem (CKDs) no país.
"O investimento pode ser viabilizado a partir de 20 mil unidades anuais", afirma Washington Armênio Lopes, que preside a filial nacional.
Se as previsões se confirmarem, o patamar será atingido até o final do ano, quando deverão ser contabilizadas as vendas de 25 mil veículos da marca —volume quase cinco vezes superior ao de 1994.
Apesar da ofensiva, a Volkswagen não voltará a veicular as premiadas campanhas de TV da Kombi, que saíram do ar em 1986.
"As peruas importadas competem numa faixa mais seletiva de consumidores", afirma Helcio Emerich, vice-presidente da agência Almap/BBDO.
"A Kombi, pelo seu posicionamento de preço e economia de manutenção, continua imbatível junto aos frotistas de entregas urbanas e prestadores de serviços, entre outros", diz.
Segundo Emerich, poderão ser veiculados anúncios em revistas especializadas, "apenas como manutenção da imagem, já que toda a produção é vendida sem necessidade de campanhas."
(NB)

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