São Paulo, segunda-feira, 27 de fevereiro de 1995
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Trabalhar no Carnaval é prazer para a moçada

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Nas escolas-mirins, os menores são os próprios destaques. Vale lembrar que elas representam escolas consagradas como Salgueiro, Mangueira e Vila Isabel, por exemplo, e por isso têm uma responsabilidade muito grande junto às comunidades.
Alguns jovens passam quase o ano inteiro esperando a hora do Carnaval. São os fominhas da folia. Carlos Alberto dos Santos, 16, da Vila Isabel, é um deles. "É um grande prazer trabalhar no Carnaval. Acho que é o momento de maior felicidade desta gente humilde, que por falta de dinheiro não tem acesso a outros tipos de diversão", diz.
Em escolas adultas, o prazer é o mesmo. Sérgio Miyochi Yano, da Gaviões da Fiel, de São Paulo, é formado em desenho de comunicação e considera sua experiência com escultura de carros alegóricos muito positiva. "Você aprende a trabalhar com novos materiais", comenta.
Sérgio não tem samba no pé. Desfila andando de skate, em um dos carros da escola.
Na Mangueira do Amanhã a coisa é diferente. Tem até veterano no mundo do samba, apesar dos 13 anos de idade. É o caso de Manoel Honório de Melo Neto, há oito anos primeiro mestre-sala da escola. "Para ser mestre-sala tem que ter talento e saber dançar bem", comenta, sem modéstia.
Ele começou a desfilar aos cinco anos e quer fazê-lo o resto da vida. Sua companheira de desfile é a porta-bandeira Iradir da Silva, 13, que também quer seguir a carreira.

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