São Paulo, domingo, 5 de março de 1995 |
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'É difícil achar livro em português'
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO MIGUEL ARCANJO (SP) A sansei (neta de japoneses) Meiry Harumi Ochi, 16, retira cinco livros todo sábado na biblioteca japonesa. Sua preferência são pelos gibis e biografias de pessoas famosas."É difícil encontrar livros em português. Tem que emprestar de colegas ou comprar", diz Meiry. "Aqui na biblioteca, a gente tem muitas opções, tem esse monte de livro para escolher." Estudante da 3.ª série colegial e filha de Katsuharo Ochio, administrador da biblioteca, Meiry aprendeu a falar japonês com os avós e a ler na escola da própria comunidade, onde foi matriculada aos cinco anos. Ela diz que já se acostumou ler "de trás para a frente" —as frases do idioma japonês são escritas da direita para a esquerda, ao contrário das línguas ocidentais. Meiry também teve de se habituar a tirar o calçado antes de pisar no chão de madeira onde fica o acervo. O hábito é obrigatório, até para os não-orientais. O colega de Meiry, Ricky Keniti Fijisawa, 14, empresta da biblioteca três livros por semana e também prefere os gibis. Ele estuda na 1.ª série colegial em São Miguel Arcanjo e mora com a família na Colônia Pinhal. Segundo Katsuharo Ochi, a maioria dos usuários da biblioteca é composta por estudantes que já lêem em japonês e pessoas acima de 60 anos. Texto Anterior: Plantação de uva esconde biblioteca japonesa Próximo Texto: Cidade cultiva a uva itália Índice |
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