São Paulo, domingo, 5 de março de 1995 |
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Filho quer saber quem é seu pai
ESPECIAL PARA A FOLHA As "produções independentes" muito em moda na década de 80 -mulheres que resolviam ter filhos por sua conta e risco, muitas vezes sem consultar seus parceiros- acabaram na Justiça na década de 90."A maioria dos casos das produções independentes acabam na Justiça por pressão dos próprios filhos, que querem saber quem é o pai. O segundo fator é a crise econômica. A mãe achava que dava conta do recado, mas com a recessão ela vai atrás do pai para conseguir pensão para o filho", conta a procuradora Margherita Duarte. Os testes de paternidade identificam o pai verdadeiro por exclusão. Eles fornecem a evidência de que o homem examinado, se não foi excluído, é pai da criança. O exame mais usado é o HLA, feito a partir dos glóbulos brancos. Este teste dá ao "pai" falsamente acusado uma probabilidade de exclusão de 95%. Combinado com exames de sangue, enzimas e proteínas, o índice chega a 99%. Há também o teste de DNA, mais moderno e mais caro, com um índice de exclusão de falsos acusados de 99,99%. Ele identifica o provável pai pela análise do material genético. "O teste de DNA é o mais indicado nos casos de incesto ou de parentesco muito próximo, por ser mais preciso", diz Margherita. Texto Anterior: Teste não pode ser obrigatório Próximo Texto: O Ministério Público e as contribuições sindicais Índice |
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