São Paulo, domingo, 5 de março de 1995 |
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TUDO PELO SOCIAL Depois da colisão com os grupos feministas na Conferência do Cairo sobre População (setembro passado), o Vaticano decidiu incluir uma mulher na sua delegação para Copenhague. É Hanna Suchocka, ex-premiê da Polônia. Precursora da revolução sexual dos anos 60, a Dinamarca não perde o jeito: suas boates de strip-tease e empresas de acompanhantes femininas duplicaram os quadros para a Cúpula. Estão importando moças da Tailândia e da Europa Oriental. Não satisfeito em destinar US$ 4,5 milhões para o Fórum-95, paralelo à Cúpula, o governo dinamarquês montou um estande na base naval desativada que abriga o encontro. Não é propriamente do governo, mas do governista Partido Social-Democrata. Pelo menos dois chefes de Estado são esperados no Fórum-95. Um é Iasser Arafat, o líder da OLP (Organização para a Libertação da Palestina). O outro é o presidente cubano, Fidel Castro. Os 10 mil apartamentos disponíveis nos hotéis de Copenhague estão todos lotados até o encerramento da Cúpula. E ainda há procura por albergues da juventude. A ONU calcula que 1,3 bilhão de pessoas no mundo vivem com renda não superior a US$ por dia. Cerca de 700 milhões não dispõem de mais de US$ 275 por ano. Somente na África há 270 milhões de pessoas abaixo do nível definido pela ONU como pobreza. Capital Cultural da Europa em 1995, Copenhague organizou uma série de eventos para coincidir com a Cúpula. A cidade tem nas ruas uma exposição de 14 grandes globos terrestres montados por artistas de diversos países. Um deles, de 10 mil peças metálicas, deverá ser completado pelos chefes das delegações Texto Anterior: COMPROMISSOS E METAS DA CÚPULA Próximo Texto: Ruth fica de avó, mas Hillary comparece Índice |
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