São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Computador muda perfil do operador

DANIELA ROCHA
DE NOVA YORK

O perfil dos operadores de Wall Street mudou. Os antigos yuppies dos anos 80 estão sendo substituídos por uma geração mais nova, que está assumindo postos importantes como operador de pregão.
Segundo diretor de relações corporativas e ex-operador de pregão da Spear, Leeds & Kellogg, Edwin Gonzalez, 41, a mudança do perfil de operadores se seguiu da implantação do sistema computadorizado da atividade da Bolsa.
Hoje 80% das atividades são realizadas por computador, o que exigiu um tipo diferente de operador, mais ágil e com mais informação nesta área, disse.
O dia de um operador começa às 9h30, quando abre o pregão, e vai até as 16h.
É como em um jogo de futebol: começa, tem o tempo regulamentar da partida em que o jogador tem que se empenhar 'full time', e, depois que termina, ele não deixa de ser jogador.
Quem faz sucesso hoje em Wall Street é quem demonstra ter habilidade no negócio. E como os profissionais são novos, eles em geral não gostam de se expor sob o risco de colocarem as suas carreiras em risco.
E ninguém arrisca um posto em Wall Street. Por mais delicada que seja a situação de demissões e substituição de pessoal, trabalhar no centro econômico e financeiro do mundo vale a pena. Wall Street tem o glamour de ser o coração de Nova York e do mundo dos negócios, diz Gonzalez.
A decadência de Wall Street, diz Gonzalez, é decorrente de pessoas decadentes nos negócios. São profissionais que deixam a Bolsa, porque estão cansados, e optando por outros setores, seja em relações públicas ou em empregos de serviços e mercados, já que são especialistas nisso.

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